Thiago Kich de Melo foi identificado como a vítima fatal de um tiroteio ocorrido em uma casa noturna de Florianópolis na manhã de terça-feira, 8 de outubro. O incidente aconteceu por volta das 6h, após uma briga generalizada no local. O episódio de violência chocou a cidade e levantou debates sobre a segurança pública e o uso da força letal por agentes de segurança.
Segundo informações da Polícia Militar, o autor dos disparos foi um policial militar que estava à paisana e de folga. O envolvimento de um agente de segurança fora de serviço causou indignação, com muitos questionando a necessidade de maior controle sobre a atuação de policiais quando não estão em serviço.
O policial, que pertence ao 4º Batalhão da PM de Santa Catarina, apresentou-se voluntariamente à Delegacia de Polícia Civil e foi preso em flagrante. Ele permanece detido aguardando uma audiência de custódia, marcada para quarta-feira, 9 de outubro. A Corregedoria da PM instaurou um inquérito para investigar a conduta do agente e verificar se houve crimes militares.
A tragédia causou grande comoção entre familiares e amigos de Thiago, que usaram as redes sociais para expressar sua dor. Uma tia de Thiago escreveu: “Meu coração está sangrando, como pode alguém tirar o amor da nossa vida? Te amo, Thiago, meu menino lindo.”
O sepultamento de Thiago ocorreu na manhã de quarta-feira, 9 de outubro. A Delegacia de Homicídios da Capital assumiu as investigações, ouvindo testemunhas e funcionários presentes na boate. O objetivo é esclarecer os fatos, avaliar se houve abuso de poder ou legítima defesa e determinar a dinâmica dos eventos que levaram ao tiroteio.
Esse caso reforça a necessidade de uma análise rigorosa sobre o comportamento de agentes de segurança, especialmente fora de serviço. A sociedade espera que os policiais ajam com responsabilidade e discernimento, mesmo em momentos de crise. A investigação busca trazer à tona a verdade e garantir que a justiça seja feita em memória de Thiago.